quinta-feira

Este livro reune textos que ao longo dos anos foram publicados na Revista Máxima, noutros lugares e também alguns inéditos.
Gostei muito dos textos em que o autor refere a sua mãe ("De noite" e "Ela dança"); em que refere a sua ascendência familiar ("De pai para filho"); e no texto que fala sobre a família do poeta Teixeira de Pascoaes ("Os Pascoaes de Amarante"). Neste último texto devo dizer que me ri "como uma perdida" principalmente com a descrição do "João, o caçador"... é demais ;-)) É um livro recomendável a todos e que todos irão gostar porque fala das pessoas enquanto HUMANOS, com os seus turbilhões afectivos, defeitos pessoais,etc., se duvidam vejam como o Miguel Sousa Tavares descreveu o seu amigo, o escultor, João Cutileiro: "(...) tenho um amigo que se transformou em pedra, mora numa nuvem de pó, desce ao longo do corpo das mulheres, faz de lua numa paisagem do Alentejo, transforma-se em pássaro que bebe das fontes,(...), fechou-se numa casa branca com um portão verde e mora ao fundo de um quintal entre guerreiros de pedra e plantas de cristal, mulheres de olhos oblíquos e corpo tenso, e sombras e sinais de um indecifrável silêncio."
(21 de Novembro de 2006)
Num bairro residencial de Grosse-Pointe (Michigan), cinco irmãs adolescentes suicidam-se no espaço de um ano. Cecília, a mais nova é a primeira. As outras imitá-la-ão depois. Estes suicídios marcam para sempre os jovens rapazes da vizinhança que viveram e sofreram com elas... à distância. Vinte anos mais tarde eles tentam reconstituir os acontecimentos, presos ainda da fascinação e obsessão que as misteriosas irmãs lhes provocaram: Therese a intelectual, Mary a coquete, Bonnie as asceta, Lux a libertina e a pálida e mística Cecilia.
Tenho de dizer que é um livro que deve ser lido devagar e pausadamente. Um livro para ler 50 páginas e pensar sobre o que lemos. Não é um livro "com a papinha toda feita", com a história toda escrita nas suas páginas. É, na minha opinião, um livro muito bem escrito porque apesar de sabermos a conclusão da história de vida das meninas Lisbon, há muita coisa que o escritor deixou em branco ao longo da história. Cada leitor vai ter a sua opinião sobre os porquês. Na minha opinião a mãe delas teve 50% da responsabilidade sobre o que aconteceu, mas os restantes 50, foi sem dúvida devido ao egoísmo (como dizem nas últimas páginas). Egoísmo de quem? Isso é que não digo... leiam ;-)
(16 de Novembro de 2006)
Delia Hopkins foi criada na zona rural do New Hampshire pelo pai, viúvo há trinta anos. Delia tem uma filha pequena, um noivo atraente e uma cadela de busca que usa para procurar pessoas desaparecidas. Mas, enquanto planeia o seu casamento, descobre fotografias antigas que lhe vêm relembrar memórias esquecidas e passa a viver atormentada por flashbacks de uma vida que não se lembra ter vivido. Chocada e confusa, Delia sente que tem de procurar a verdade entre estas memórias recentemente descobertas. Mesmo que elas ameacem devastar a sua vida e a vida das pessoas que ela mais ama.
Um excelente livro!!!
(9 de Outubro de 2006)