sábado

Sinopse:
Todas elas são escritoras. Vêm do Chile, do México, da Argentina, do Uruguai, do Peru, de Portugal. Juntaram-se e escreveram os contos que aqui se publicam pela primeira vez.
Contos de mulheres e contos sobre mulheres – sobre mulheres que aprenderam a calar, a dissimular e a apagar-se enquanto se empenhavam em alcançar a máxima eficácia nas suas tarefas; sobre mulheres, comuns e correntes, que não souberam encontrar outra maneira de responder à mentira e ao abuso.Crimes de Mulheres é por isso muito mais do que uma antologia policial, embora os textos que a compõem tenham todos os ingredientes de suspense e mistério. Só que o crime, aqui, é uma outra forma de falar da condição feminina e das mudanças que essa condição vai sofrendo no mundo difícil que é o nosso.
A minha opinião:
Apesar de gostar muito de contos devo dizer que, à excepção de três, estes, no geral, não me cativaram mesmo nada.
Gostei dos contos de Cristina Norton ("Menina modelo"), Rosa Lobato Faria ("Criada para todo o serviço") e Ana Vasquéz-Bronfman ("Ritos funerários").
(10 de Novembro de 2007)

Sinopse:
Quem matou Rasputine? Que segredos foram enterrados com ele? A História dos últimos dias de Rasputine contados pela filha mais velha.

Depois de a fúria da Revolução Russa ter "varrido" Nicolau e Alexandra do trono da Rússia Imperial, foi criada uma comissão especial para investigar as "forças obscuras" que causaram a queda dos Romanov. A atenção centrou-se em Grigori Rasputine que, referenciado como "santo" e com poderes "sobrenaturais", esteve sempre muito perto do trono.
A comissão interroga então Maria, a mais velha dos filhos de Rasputine, que relata os dias de uma Rússia em tumulto, onde a poderosa influência de seu pai, preocupante para muitos, constitui uma verdadeira ameaça à sua vida. Enquanto crescem as conspirações contra ele, Maria debate-se com a verdadeira natureza de Rasputine - os seus desenfreados apetites carnais, as relações misteriosas com a imperatriz e os rumores de envolvimento em cultos religiosos secretos.
A Filha de Rasputine trata-se, no fundo, de um romance onde Maria revela como tentou (em vão) salvar o pai, quem realmente o matou e, sobretudo, os segredos perversos escondidos pelos assassinos.

A minha opinião:
Gostei de ler este livro especialmente pelo conteúdo histórico que ele apresenta. Convida-nos a entrar no mundo atraente de czares e do famoso Rasputine. Esta personagem misteriosa possui muitas mais facetas do que eu imaginava! De herói, a protector, visionário, milagreiro, fascinante, ignorante, simplório a promíscuo.
A personagem principal, a filha de Rasputine (Matriona Grigorevna Rasputine) é uma menina que ao longo do livro desperta para as complicações e conspirações da sociedade russa do seu tempo, ao mesmo tempo que lida com a controversa personalidade do seu pai.
Esta história é apresentada ao leitor como um inquérito a Maria sobre o que realmente aconteceu e quem de facto assassinou Rasputine. O que lemos é então o relato de Maria sobre os acontecimentos que levaram à destruição da sua família, dos czares e da Rússia.
Achei que a descoberta da identidade do assassino de Rasputine não foi nada empolgante. De facto,foi mesmo óbvio! E é este o ponto fraco deste livro.
(7 de Novembro de 2007)

quinta-feira

Sinopse:
Depois de Milu e Rantanplan, há que integrar o protagonista desta história no panteão canino.
Na senda de La Fontaine, Louis de Bernières escreveu uma fábula enternecedora com um protagonista inesquecível: um cão sem morada ou destino fixos, apaixonado pela liberdade e pelos espaços amplos, um nómada louco por aventuras que não gosta de vínculos ou constrangimentos. De facto, O Cão Vermelho está longe de ser um cachorrinho mimado; ele é fedorento, impulsivo, independente… e tem a característica muito especial de tocar as vidas de todos os que encontra no seu caminho.
Numa linguagem delicada e ligeira, Louis de Bernières pinta um retrato tocante, baseado num facto real (O Cão Vermelho existiu mesmo), cheio de personagens inesquecíveis e tendo por palco um cenário arrebatador – o da Austrália profunda.
Um terno romance de evasão que se recomenda aos leitores de todas as idades.
"No início de 1998 fui a Perth, na Austrália, com o objectivo de participar num festival literário. Previamente acordada estava também uma visita a Karratha, onde deveria integrar um jantar literário. Karratha é uma cidade mineira, no norte. Composta por vastas áreas de terra vermelha, rocha e mato, a paisagem é extraordinária. Imagino que Marte deve ser semelhante. Decidi explorar a zona e descobri uma estátua de bronze - o Cão Vermelho - nas imediações da cidade de Dampier. Senti imediatamente que tinha de desvendar o passado daquelecão fabuloso. Regressei alguns meses mais tarde e passei duas maravilhosas semanas a recolher histórias sobre ele evisitar os lugares por onde ele passara, escrevendo à medida que viajava. Espero que o meu gato nunca descubra que escrevi uma história em honra de um cão."


Críticas da Imprensa:
“O Cão Vermelho é de Bernières vintage, com abundante humor, compaixão e respeito.”
The Financial Times


“A curta e muito doce ‘biografia’ de De Bernières de um altamente cativante animal é de um deleite especial.”
The Observer

A minha opinião:
Um pequeno livro de bolso muito agradável de se ler. Retrata a história de vida de um cão que percorreu o Nordeste da Austrália e por toda a Austrália era conhecido. Um cão que era de todos e de ninguém.
Viajado, perfumado, carinhoso, teimoso e com muitas mais qualidades e defeitos o que o fez impossível de não ser amado!

Outras informações:

Quando o escritor Louis de Bernières esteve na Austrália, se deparou, na pequena cidade de Dampier, com a estátua de um cão; interessou-se tanto por sua história que acabou escrevendo um livro contando as aventuras de Red Dog, que costumava viajar — sozinho — pelo estado da Austrália Ocidental.
(31 de Outubro de 2007)