quinta-feira


"Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasaki em 1954 e veio para Inglaterra em 1960.
Tendo ganho o prémio Whitebread Book of the Year com este romance, veio a ser contemplado em 1989 com o Booker Prize, um dos mais conceituados prémios literários britânicos.
Um artista do Mundo Transitório é uma obra requintada e subtil, visão retrospectiva de uma vida onde se confrontam com delicada lucidez a ambição e a integridade, a arte e a política, o passado e o presente."
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Este livro é simplesmente o 'diário verbal' da personagem principal - Masuji Ono. Um artista deste mundo eternamente transitório, deste presente sempre fugaz e de um passado sempre presente.
Ono começa por desabafar o seu relacionamento com as duas filhas, uma delas casada, com um filho que o avô tenta se ligar emocionalmente apesar de o neto só o ir visitar uma vez por ano, e cujo marido, apesar de nunca 'entrar' em cena, está sempre presente nas acções e palavras da esposa. A outra filha encontra-se numa situação difícil, pois pretende arranjar um marido e o pós-guerra em que vivem apenas dificulta este propósito.
É um livro agradável de se ler. Fiquei com a sensação de ser uma leitura 'leve' ao olhar mais distraído mas com uma riqueza infindável para o leitor mais atento.
No fim compreende-se perfeitamente o porquê deste título e apercebemo-nos que ao longo de todo o livro o autor e o narrador explicavam-nos a essência da 'propriedade transitória' deste mundo.
(31 de Maio de 2007)

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