quarta-feira

Terceiro romance do cantor/compositor brasileiro Chico Buarque.
O protagonista é uma espécie de "homem duplicado". José Costa, escritor, após uma aterragem forçada em Budapeste apaixona-se pela língua húngara, o que o torna Zsose Costa. A partir daí a sua vida divide-se em duas: dois amores, duas cidades, duas línguas, duas culturas. Também o herói do seu romance mais aclamado, Kaspar Kraube, um executivo alemão que viaja para Guanabara aprendera a escrever português no corpo de Teresa (ecos de O Livro de Cabeceira, de Peter Greenaway) e continuou essa aprendizagem noutros corpos.
Na Hungria, Zsose Costa, publica um livro de poemas sob pseudónimo.
Quem é quem? O que é de quem? Somos um único, ou vários dentro do mesmo corpo?
Especulações de um romance de referências cruzadas.
-----------------------******----------------------
Esta foi a minha primeira leitura de um livro de Chico Buarque. Desconhecia por completo a sua obra literária (não da sua existência mas do conteúdo).
Não posso dizer que foi um livro que adorei, mas que simplesmente gostei.
O protagonista, José Costa, escreve obras, discursos, pequenos textos,... no completo anonimato (será?), para que outros possam dizer que tais palavras e textos são de sua safra. Ou será que o protagonista, ao escrever, veste de tal maneira as personagens que cria a tal ponto de se esquecer da sua verdadeira identidade? Fica para cada leitor descobrir.
"Um grande destaque à forma engenhosamente fracionada como Chico Buarque conta a história, do meio pro começo, fim, pro agora, etc." (pequeno excerto do blog pedrorafa.com)
Um pequeno livro que reserva ainda uma surpresa no final...
(22 de Agosto de 2007)

Sem comentários: