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quarta-feira

Sinopse:
Uma adorável lenda local, Copper não era um cão vulgar.
Por vezes descarado mas sempre encantador, carismático e com uma propensão para arranjar sarilhos, este sábio rafeiro — ou cruzado, como ele preferia — teve uma vida impressionante. A sua notável luxúria e a curiosidade canina levaram-no a viajar por todo o lado, por vezes de autocarro com a gata Jessie, parando nos seus pubs favoritos ou perseguindo incautos corredores no parque — um passatempo que quase acabou com a sua vida.
Neste livro delicioso, Copper conta as suas assombrosas aventuras, as idas e vindas, os amores e as perdas — e, claro, como é a vida na alta sociedade.
Esta é a divertida e comovente história de Copper: a história de um verdadeiro herói canino.
Annabel Goldsmith é a filha do 8.º Marquês de Londonderry. Vive em Ham Common rodeada por seis cães e numerosos netos.

A minha opinião:
Devo dizer que ao ler as primeiras páginas não estava a gostar lá muito pois a história era contada pelo próprio Copper que nos relata como foi a vida dele. Mas depois, a história tem tantos atractivos que esta leitura agarrou-me e mostrou-me quanto é difícil a vida de um cão... ou que pode ser tão boa...
Gostei. Não é nenhuma obra primordial mas é muito relaxante e divertido ler este pequeno livro. Um excelente livro para se oferecer agora, por volta do Natal.
(18 de Dezembro de 2007)
Sinopse:
"Uma farsa e um apólogo. Utilizando recursos novos em sua novelística - com a substituição das técnicas indiretas pela apresentação do material bruto: cartas, documentos oficiais, diálogos, justapostos num mesmo plano significativo - Mario Vargas Llosa constrói ao mesmo tempo uma esplêndida sátira e uma reflexão moral: Pantaleão, estrito cumpridor do dever, termina ao levar seu excesso de zelo às últimas conseqüências, por pulverizar a engrenagem e a criatura que ele próprio criara e colocara em movimento.
Concebido com uma perícia de mestre, Pantaleão e as visitadoras não só enriquece o peculiar e particular universo do autor: testemunha também a múltipla inquietude de suas explorações."

O jovem capitão Pantaleón Pantoja foi treinado para ser um dos mais eficientes oficiais do Exército peruano. Disciplinado, respeitador das hierarquias, estava preparado para enfrentar qualquer tipo de missão militar. Mas a tarefa que lhe foi designada superava todas as expectativas de um sério oficial de carreira: organizar um bordel na selva amazônica e amenizar a fome sexual da soldadesca que, no isolamento da mata, passara a violentar as mulheres locais, pondo em risco a reputação das Forças Armadas nacionais. Embora tivesse sempre aspirado a ser um herói de guerra, e não um cafetão das florestas, Pantoja aplica meticulosamente seus conhecimentos de estratégia e de logística na implantação do "serviço de visitadoras" - codinome para o lupanar equatorial. O problema é que nem a disciplina mais férrea foi capaz de evitar um envolvimento amoroso do capitão, perfeito pai de família, com a menina mais bela do "regimento".
Neste romance, Mario Vargas Llosa exibe mais uma vez a sua fantástica capacidade de contar histórias que têm ao mesmo tempo um pé bem plantado na realidade, e o outro, no delírio. No caso, o leitor pode se recordar das recentes investidas bélicas de um Peru em guerra contra o Equador, aqui solapadas por uma comédia erótica que desmonta qualquer pretensão de heroísmo.

A minha opinião:
Pantaleão e as Visitadoras é um livro cómico com muitas ironias pelo meio.
O capitão Pantaleón Pantoja, um militar exemplar, recebe uma missão de importância capital para sua pátria: criar um serviço de "visitadoras" para os soldados que, isolados em guarnições perdidas na transpirante Amazônia peruana, se estavam a transfor em violadores em série. Na organização desse 'organismo' de meninas, Pantita enfrenta alguns contras: a igreja tacanha, a imprensa sensacionalista e uma morena apelidada de Brasileira.
Um livro muito bem humorado que teve um senão: li-o em português do Brasil o que me dificultou um pouco a leitura.
(22 de Outubro de 2007)

quinta-feira



A minha opinião:
Dianne sempre amou Allan McIntosh, mas casou-se com o irmão dele, Tim.
Dianne e Tim casam-se e Dianne engravida deixando o jovem casal feliz. Mas o futuro reserva-lhes uma dramática e triste surpresa.
Num exame de rotina, Dianne, ainda grávida, descobre que o bebé que cresce dentro de si tem graves problemas. Ao saber deste facto Tim tenta convencer Dianne a abortar mas ao ver que não consegue convencê-la, foge para o mar onde luta para ser o melhor lagosteiro da zona e conseguir deixar o passado para trás. Apesar de Dianne não conseguir ultrapassar este abandono de Tim, resolve ter o bebé e as piores previsões confirmam-se. A bebé - Julia - nasce com espinha bífida e síndrome de Rett, uma doença semelhante ao autismo.
Apesar da dor e óbvias dificuldades Dianne consegue criar Julia com o apoio de duas pessoas que a amam profundamente: Lucinda, a sua mãe, e Allan que se torna médico de Julia.
Na altura em que Julia tem onze anos surge uma nova personagem - Amy -, uma menina de doze anos com um profundo dilema familiar e que vai conquistar o coração de todos, especialmente o de Julia, tornando-se grandes amigas.
Um romance lindíssimo com um único senão: está editado em português apenas pelas Selecções do Livro e durante a leitura torna-se demasiado evidente os saltos na história.
Um livro que, na minha opinião, merece ser editado em português e na sua totalidade por uma editora!

A autora:

Luanne Rice

domingo


Sinopse:
Uma obra-prima do gótico sexual, esta é a história de Andrew Halfnight, cuja vida, parte sonho, parte pesadelo, começa com uma escolha trágica feita por uma mãe e acaba num abraço de amantes. Pelo meio, atravessa tempestades no mar, na terra e na mente; parentes que matam por amor e amantes que sacrificam os seus corpos; enquanto isso, Halfnight vai chegando cada vez mais perto do seu mistério e do mistério de toda a existência.
O livro remete-nos, afinal, para o enorme medo e fascínio que as mulheres inspiram ao personagem desta obra. São como sonhos invisíveis, como fadas ou soldados, como casas onde à noite recolhemos para descansar. E atrás delas escondem-se sempre os seus desígnios, os seus afectos e perversões.
O autor tem o dom de contar histórias, e mais do que isso, tem um óbvio prazer em fazê-lo. O primeiro toque de clarim contra o monstruoso regimento das mulheres, apesar de ser uma narrativa única está semeada de pequenas fábulas e parábolas que envolvem o protagonista e os que o rodeiam e que tornam o livro irresistível. Os cenários são fulgurantes e bem se pode dizer que Eric McCormack nos deixa presos ao terror que há-de vir e à bizarria dos próximos acontecimentos. O convite é para sentar, abrir o livro e descer ao pântano das memórias.

Excertos:

"- É uma coisa que não tem fim - disse ele. - Descobri isso muito cedo. Estamos rodeados por um oceano de livros. Podes andar de porto em porto sem nunca lançar âncora à mesma terra."
Retirado da página 58

"- Todos os livros são livros úteis - dise ele, olhando à volta do camarote. - No meu modesto entendimento, nenhum livro merece ser lido se não prestar qualquer tipo de informação ao leitor, nem tiver qualquer uso prático."
Retirado da página 60

"(...) Tentava não considerar as consequências de tudo aquilo: a única pessoa nesta ilha negra e remota que parecia preocupar-se comigo era um monstro. Mais uma vez, tinha a sensação terrível de que a minha vida estava desmoronar-se."
Retirado da página 96

A minha opinião:

A sinopse deste livro vai afastar muitos leitores que iriam adorar ler este livro, como eu adorei. Qualquer pessoa que goste de um bom romance tem de ler esta maravilha! Já há muito tempo que um livro não me surpreendia tão positivamente!
Penso que o seguinte excerto, retirado da página 220, traduz a maioria do enredo:
"As palavras saíam-me como brasas quentes que eu cuspia tão depressa como podia. Falei sem parar. Fui direito ao princípio da minha vida e falei-lhe do meu nascimento e da morte da minha irmã, da morte do meu pai, dos momentos finais da doença da minha mãe; falei-lhe sobre a minha viagem para St. Jude a bordo do Cumnock e da minha amizade com Harry Greene; contei-lhe sobre St. Judee sobre o assassínio do meu tio Norman perpretado pela tia Lizzie; falei-lhe sobre a minha estada na Casa da Misericórdia e de como tinha vindo viver para o Canadá; falei-lhe sobre os meus anos de tranquilidade, depois sobre os pesadelos que me levaram a ir à mansão particular, sobre o meu caso com Amber Tristesse; falei-lhe sobre a luta travada com o corpúsculo, sobre a minha viagem até ao motel nas montanhas; falei-lhe sobre a minha experiência com aquela mulher; disse-lhe que tinha sido a experiência mais maravilhosa pela qual alguma vez tinha passado.
Mas quando cheguei ao episódio do meu acidente, disse que não conseguia lembrar-me de nada."
Desta história maravilhosa só falta contar que um antigo amor reaparece quando já tudo parecia acabado dando um novo fôlego ao nosso Andrew. É este amor que o vai reconfortar e libertar de todos os pesadelos, fantasmas e traumas do passado, fazendo com que ele faça as pazes com a pessoa que se tornou. É também através deste novo amor que Andrew Halfnight nos reserva a nós, leitores, uma última e inesperada surpresa.
Gostei muito deste livro! A recomendar!
14 de Outubro de 2007

Sinopse:
"«Depois da projecção do filme, ela chega para um debate. Naquela altura era moda, os realizadores virem falar com o público, era preciso fazer debates. Quero comprar um ramo de flores enorme. Não tenho coragem. Tenho vergonha. Como oferecer as flores perante um sala cheia, como afrontar os sorrisos, as graçolas e as roçazinhas? Não compro flores. Levo no bolso o Détruire, dit-elle. Tenho esperanças de um autógrafo. As luzes reacendem-se. E ela está ali.»
Yann Andréa bateu à porta de Marguerite Duras no Verão de 1980, em Trouville, depois de lhe ter enviado inúmeras cartas durante cinco anos. Desde então, nunca mais se separaram. Dezasseis anos de vida em comum entre um «monstro» da literatura e o seu amante, o último, o preferido. Entre eles houve Aquele Amor, que Yann Andréa procurou perpetuar para além da morte."

Comentário:
Quando Yann Andréa bateu com os olhos no nome Duras foi para sempre. Foi no princípio da década de 70, ao encontrar, no apartamento do liceu, a obra Os Pequenos Cavalos de Tarquínia. Leu e releu todos os seus livros, leu intensamente todas as palavras. Na primeira vez que a viu, em 1975, teve a confirmação de que nunca mais a deixaria. Escreveu-lhe cartas atrás de cartas, até que, em 1980, ganhou coragem e bateu à sua porta em Trouville. Desde aí, nunca mais se separaram. Viveram 16 anos em comum até ao último suspiro do grande "monstro" da literatura. É essa história de paixão e obsessão que Yann Andréa resolveu tornar pública, num livro que retrata aquele amor e que pretende ser a sua derradeira carta de amor a Marguerite Duras.

Excertos:
"Continuo em ter dificuldade em dizer a palavra. Não conseguia dizer o nome dela. Só escrevê-lo. Nunca conseguí tratá-la por “tu”. Por vezes ela teria gostado. Que eu a tratasse por “tu”, que a chamasse pelo seu nome. Não me saía da boca, não conseguia. (...) E essa impossibilidade de a chamar pelo nome, acho que vem disto: primeiro li o apelido, olhei para o apelido, o nome e o apelido. E esse nome encantou-me imediatamente. Esse pseudónimo literário. Esse apelido emprestado. Esse nome de autor. Esse nome agradava-me simplesmente. Esse nome agrada-me infinitamente (...)
Sou um leitor. O leitor primordial, visto amar todas as palavras, integralmente, sem qualquer contenção. E esse nome de cinco letras, DURAS, amo-o absolutamente. Caiu-me em cima. Nunca mais a deixei e não a consigo deixar. Nunca. E ela também não."


"Você morreu a 3 de Março de 1996 às 8 horas e 15, na sua cama, na rua Saint-Benoît. Eu não vim. Deixei-a. Você morreu. Eu não. Eu fiquei cá e estou aqui a escrever-lhe. E isto fá-la rir: mas por quem é que ele se toma, por um escritor, esta agora. Você ri. E diz: não tem mais nada para fazer, só escrever, não interessa o quê, continue, tem um tema maravilhoso, um tema de ouro, sou eu que lho digo, vá, pare de se armar em parvo, escreva, não vale a pena matar-se, não se faça de imbecil.
Qual é o tema.
E então aparece o sorriso. A sua cara torna-se numa cara de criança, uma criança que sabe, que sabe tudo na inocência perfeita de um ser inaudito. Nesse sorriso da cara toda, da cabeça toda, do espírito todo, do coração todo, poder-se-ia dizer, você diz: o tema sou eu."

"Se calhar não devia ter dormido, se calhar devia tê-la ouvido mais, estar mais presente, amar mais, nunca o fazemos o suficiente, não podemos imaginar que o último dia está muito próximo, não podemos porque você fala noites a fio, deveríamos, sim, fazer mais, mas o quê, inventar uma espécie de amor ainda maior do que aqueles livros, mas como fazê-lo, como é possível. Certas noites eu queria dormir e dizia-lhe para se ir embora, para ir para o seu quarto, sozinha perante a morte, certas noites já não aguentava mais, mandava-a embora, fazia-o e nunca uma queixa, ia para o seu quarto furiosa à espera de morrer. No dia seguinte voltava.
Estamos sozinhos fechados neste apartamento da rua Saint-Benoît. Esperamos pelo último dia. Só sabemos isso."

A minha opinião:
Esta é a última e derradeira carta de amor desta relação intensa e tempestuosa. Uma tentativa de expressão dos acontecimentos e sentimentos sentidos por Yann Andréa aquando da sua relação com a grande escritora Marguerite Duras. Uma expressão algo caótica de descrições e expressões.
Achei muito interessante este ponto de vista em primeira mão de um relacionamento amoroso com uma autora conhecida mundialmente, mas por vezes senti que o autor era um pouco melodramático demais ao retratar-se como o pobre coitadinho à mercê das vontades de uma mulher confiante e poderosa no seu mundo.
Talvez por ter iniciado a leitura deste livro com elevadas expectativas eu própria tenha ficado insatisfeita com o que o livro me transmitiu. Emboa não possa, de maneira alguma, diminuir a extrema beleza de algumas frases (ver excertos).
(6 de Outubro de 2007)
Manaka e Hiroshi conhecem-se desde pequenos. Cresceram juntos, tornaram-se cúmplices, confidentes e casam-se ainda muito jovens. O seu amor foi construído sobre um passado em comum, mas as suas personalidades são muito diferentes. Manaka é serena e vive o seu jardim de forma profunda e meditativa, enquanto Hiroshi continua assombrado por traumas familiares. Hiroshi sofre a perda do avô e o casal decide então partir numa segunda lua-de-mel para a Austrália, uma viagem que lhes vai reservar surpresas, reencontros inesperados e a forte magia dos pequenos nadas. Banana Yoshimoto envolve o leitor no romance de dois jovens cujo amor e inocência vai chocar com as mais torpes manifestações do género humano.

Sobre a autora:
Yoshimoto Mahoko nasceu em 1964, filha de Yoshimoto Takaaki, aka Ryumei, provavelmente o filósofo e crítico mais importante e influente, que emergiu nos anos 60.
Além de ter um pai famoso, a sua irmã, a cartoonista Haruno Yoiko, é também uma figura pública.
Yoshimoto cresceu numa família liberal, de esquerda e com significativamente mais liberdade que uma típica jovem japonesa. Ainda durante o liceu, Yoshimoto foi viver com o namorado.
Depois de terminar a licenciatura no departamento de Literatura, do Nihon University's Art College, Mahoko adopta, deliberadamente, o pseudónimo andrógino Banana e começa a escrever de forma convicta. Escreve os seus primeiros livros enquanto trabalhava como empregada de balcão em Tóquio.
Uma das maiores influências na sua escrita, tanto em estilo como conteúdo, é o trabalho de Stephen King (particularmente nas histórias que não são de terror), do qual é admiradora. Mais tarde procurou inspiração também em Truman Capote e Isaac Bashevis Singer.

Excerto:
"Um processo de cura é bonita de se ver. Assemelha-se à mudança das estações. As estações nunca mudam para melhor. Simplesmente, seguindo um curso natural, as folhas caem e voltam a crescer, o céu fica mais azul e mais profundo. Do mesmo modo, podemos estar muito mal a ponto de pensar que é o fim do mundo, mas quando esta condição começa a mudar gradualmente, sem que tenha acontecido algo de particularmente bom, sentimos uma força enorme.
(...) O sofrimento, seguindo o mesmo percurso que fez ao vir, desaparece com indiferença.
O caminho de Hiroshi, desde que o avô começara a adoecer até agora, parecia-se muito com isso."
Retirado das páginas 93 e 94

A minha opinião:

Este livro retrata uma bela história de amor entre dois jovens que foram criados juntos - Manaka e Kiroshi.
Enquanto que Manaka sempre foi amada e protegida pelo pai e pela madrasta (com os quais vive) e ainda pela sua mãe (que vive em Brisbane, Austrália) Hiroshi provém de um meio familiar complexo. Foi abandonado pelos pais (que foram para a América atrás do culto de uma seita religiosa)e criado por um avô cuja saúde débil fez com que Hiroshi se sentisse permanentemente em pânico perante a hipótese de não estar com o avô quando este viesse a falecer.
Este constante peso sobre os seus ombros fez com que Hiroshi se tornasse num jovem tímido, reservado e assombrado por sentimentos totalmente contrários aos sentidos durante a chamada idade da inocência.
Pelas páginas deste livro assistimos à temida morte do avô de Hiroshi e toda a mutação psicológica que este passa, e para isto irá contribuir e muito uma viagem até à Austrália.
É com esta viagem que Manaka descobre a verdadeira razão da separação dos seus pais, um segredo à muito ocultado e que surge como uma surpresa. E é ainda com esta viagem que Hiroshi revela a totalidade dos horrores que o assombram, libertando-se de vez de todos estes negros segredos.
É esta viagem que fará com que dois atravessem por um processo de confissão e libertação sentimental o que os unirá definitivamente com um casal preenchido de amor. Esta viagem é então uma verdadeira LUA DE MEL...
Escusado será dizer que gostei muito de ler este livro!
(30 de Setembro de 2007)

sexta-feira

Malásia, final dos anos trinta: A história de um homem, contada por três olhares diferentes: o filho, a mulher e o melhor amigo…
A busca da verdade sobre o seu carácter, integridade e heroicidade.


A Fábrica das Sedas é a loja de têxteis gerida por Johnny Lim, um camponês de nacionalidade chinesa que vive na Malásia rural, na primeira metade do século vinte.
É a estrutura mais imponente da região, e aos olhos dos habitantes do Vale Kinta, Johnny Lim é um herói – um comunista que lutou contra os Japoneses quando estes invadiram o país, disposto a sacrificar a vida pelo bem do seu povo. Mas para Jasper, o filho, Johnny é um vigarista e um colaborador que traiu o povo que fingia servir e a Fábrica das Sedas não passa de uma fachada para os seus negócios ilegais.
Centrando-se em Johnny a partir de três perspectivas – a do filho já adulto; da esposa, Snow, a mulher mais bela do Vale Kinta; e do seu melhor e único amigo, um inglês sem eira nem beira chamado Peter Wormwood – o romance revela a dificuldade de conhecer outro ser humano e como as suposições que fazemos dos outros determinam quem somos.
Joseph Conrad, Somerset Maugham e Anthony Burgess moldaram as percepções que temos da Malásia. Agora, com A Fábrica das Sedas, temos uma voz malaia autêntica que traça um novo mapa desta paisagem literária. Através do seu exame de um carácter envolvente, misterioso e grandioso, Tash Aw proporciona-nos um olhar requintadamente escrito para outra cultura num momento de crise.

Outras Opiniões:
«Um encantador mosaico narrativo… uma escrita fascinante e de rara beleza… A história contada por Tash Aw é impiedosamente viciante e lúcida.»
The Times

«Tash Aw é uma das mais formidáveis e exóticas vozes a emergir na cena literária mundial nos últimos anos.»
Daily Mail

«Um grande livro escrito numa linguagem fluida. Apesar da complexidade da estrutura, a história é formidável e profundamente encantadora.»
The Evening Standart

«Um rico, delicado e intenso primeiro romance situado na Malásia… A força da escrita de Tas Aw está presente de uma forma subtilmente distinta nas três vozes da história. De leitura obrigatória.»
The Times Literary Supplemmet

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Este livro possui uma beleza inaudita em termos de descrição de ambientes. Somos automaticamente transportados no tempo (primeira metade do século XX) e no espaço (Malásia), com uma facilidade tremenda.
A beleza deste livro consiste, para mim, na fácil visualização de ambientes sociais e naturais, personagens e mesmo estados psicológicos, enquanto lia.
Apesar de ter lido as primeiras 142 páginas (dedicadas ao frio e hábil relato do filho de Johnny, chamado Jasper) num ápice, a minha velocidade de leitura foi gradualmente diminuindo tal foi a mudança de escrita (testemunho de Jasper, o filho de Johnny, para o testemunho de Snow, a bela e enigmática mulher de Johnny) e, de certo modo, de foco do enredo. Passei da leitura das descrições das terríveis e temíveis peripécias da vida de Johnny para o relato de uma viagem ao desconhecido (uma busca de umas ilhas misteriosas que apenas aparecem devido à posição do sol, chamadas as 7 donzelas). É através deste relato que se passa da concentração de uma personagem - Johnny - para o enfoque na dinâmica de relações de todos os intervenientes desta viagem: Johnny, Snow, Peter, Frederick Honey e Kunichika Mamoru. O que no início parecia uma alegre e descontraída viagem revela-se numa deslocação de interesses e intrigas que, inevitavelmente, terão as suas consequências: a quase concretização de uma violação, uma morte que nas últimas páginas do livro se revela em assassínio e a eficácia de um ataque militar.
Um livro cuja mais valia é a evidência de que somos o que os outros pensam de nós. Pois como uma personagem disse: "A morte apaga todos os vestígios da vida que existiu em tempos, completamente e para sempre." E sendo que a morte apaga todos os vestígios da nossa vivência, o que fica de nós é a recordação de um falso EU na memória de outras pessoas. Permanecemos apenas nas memórias dos outros.
(28 de Setembro de 2007)

domingo

"Two sisters... separate lives... one family that binds them together forever.

Emma and Joan are two daughters of the Lew family, coming of age during and after the turbulent years of World War II. Beautiful elder sister Joan hopes for a tradicional family life, but through a series of troubled relationships begins a career as a Chinese film actress.

Emma, inspired by the independence of her Aunt Go, sets her sights on an artistic life in San Francisco, only to find further solace back in Hong Kong.

In the tradition of her previous, acclaimed novels, Gail Tsukiyama creates a moving memorable story of women's experiences in Chinese culture."

"In a novel that focuses on the bonds between women and how the pull of individual destinies shapes their lives, Tsukiyama conveys the sights, sounds, and smells of a privileged Hong Kong as well as the hardships following the war. Sisters Emma (younger) and Joan (older) Lew grow up in Hong Kong with a mother determined to make a good marriage for Joan; their fiercely loyal yet enigmatic family cook, Foon; successful Auntie Go; and a mostly absent father. When World War II makes life in Hong Kong impossible, they move to Macao, where Emma finds a lifelong friend. Upon their return to Hong Kong, Auntie Go must rebuild her business; Emma feels more strongly than ever that she is meant to see the world; and Joan, not having found the love of her life, turns to acting in the Hong Kong film community. Emma departs for college in San Francisco, but she is never without the support of Auntie Go and Joan, who finds true fulfillment in her new life. "

In amazon

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A simple an intricate story about how the World War II could affect peoples lives. A simple family that starts to live the consequences of a war and the choices that two sisters make in their lifes... A story of surviving, love, and friendship... A story of a family!

(14 de Setembro de 2007)

quinta-feira

A birth mark on the right shoulder!
An one as big and as dark as that! Arre baap re!
This is of some terrible significance...
Despite his grandmother’s gloomy prophecy, Rattan grows up leading a charmed life – first in Delhi, surrounded by his affluent, adoring family; then at Boston University where he acquires a cosmopolitan sophistication.
When he returns to Delhi, and the family business, Rattan is happy to fall in with his parents' plans for an arranged marriage; his young bride is somewhat dazzled by the splendor of her new home, but her new husband is handsome and the prospects look good.
Then tragedy strikes. Needing to put the past behind him, Rattan takes a job in Cairo.
Nalini is the daughter of the Indian Ambassador to Egypt. Since the death of her mother, she has accepted the diplomatic duties that her father's post carries with it, but is chafing under the lack of freedam and sorely missing her friends. Perhaps that is why she warms to Rattan: he, too, must be homesick, a stranger in a strange land.
As their frendship develops, Rattan and Nalini progress cautiously towards love. But Rattan's past lies in a circle of silence is broken, Nalini must decide where her heart lies.
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Uma bela história de amor com muito mistério, crime e desilusões em nome do amor.
Apesar de a parte da história que decorre no Egipto ser um pouco parada, o resto do livro vale a pena ser lido!
(12 de Setembro de 2007)

quarta-feira

"Sarnau e Mwando protagonizam esta história de amor. Da juventude à idade madura, com eles percorremos os dias, os meses, os anos, os encontros e os desencontros, a dolorosa separação, o desespero, o sofrimento e a alegria, as lágrimas e os sorrisos. Atravessamos cidades e aldeias, convivemos com a tradição, aprendemos os costumes e os hábitos de um povo. Sarnau vai crescendo e amadurecendo sob o nosso olhar. Impossível não admirar a coragem, a determinação, o orgulho e a humildade, a firmeza e o carácter desta mulher. E a sua fidelidade, mesmo nas circunstâncias mais adversas, ao amor. Ao seu primeiro e único amor.
Mas haverá um reencontro? Serão Sarnau e Mwando capazes de apagar um tão longo e trágico passado? Existirá ainda para eles um futuro a partilhar?
«Tu foste para mim vida, angústia, pesadelo. Cantei para ti baladas de amor ao vento. Eras para mim o mar e eu o teu sal. No abismo, não encontrei a tua mão.»
Sarnau, tu que assim falaste a Mwando, chegarás a encontrar um pouco de paz? Voltarás a conseguir esboçar no rosto o teu lindo sorriso, há muito perdido no tempo? Abrirás enfim os braços para neles abrigares o amor? Ouvirás a melodia que o vento espalha no universo?"
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Excerto: "Não imaginam o paraíso que vivi quando declarei a minha gravidez. Meu marido ornamentava-me de mil carícias, oferendo-me mil sorrisos. Eu punha-me cada dia mais bonita com os vestidos que a rainha me oferecia. Enfeitava-me com missangas, correntes e brincos de ouro, e toda eu reluzia. Não havia no mundo mulher mais feliz do que eu.
A felicidade, como a flor, abre-se deleitosa para agradar ao sol. No zénite escalda, morrendo na semiclaridade vesperal. Como o girassol, a felicidade dura apenas um sol." (página 58)
Um pequeno mas muito belo livro de uma autora que desconhecia totalmente - Paulina Chiziane.
(29 de Agosto de 2007)

terça-feira

"Anos antes da chegada dos europeus ao continente africano, dá-se numa aldeia um acontecimento imprevisto. Um aldeão obtém do exterior gado bovino da raça barrosã. O facto desencadeia vários conflitos que culminam com a desgraça de um dos filhos - Cisoka. Este, enfeitiçado com a rama de abóbora, fica privado de memória.
Este romance é a odisseia de um jovem que tanto se mete por caminhos adversos como luta para desvendar sortilégios mais enigmáticos a fim de reaver a memória perdida e, em consequência, redescobrir-se a si próprio e aos seus."
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Não foi, para mim, um livro fácil de entrar. Este escritor tem uma maneira muito própria de escrever que precisei de me habituar.
A história em si é bastante original. É um livro etnograficamente riquíssimo, com descrições muito belas. Adorei os últimos capítulos em que finalmente, depois de tantos acontecimentos vemos Cisoka vencer de uma maneira inesperada!
(28 de Agosto de 2007)

segunda-feira

"Um dos maiores romances franceses do século XIX e a mais célebre história de amor por uma cortesã.
Armand Duval é um jovem estudante de Direito na Paris de meados do século XIX. Jovem recatado, vindo de uma respeitável família burguesa interiorana, apaixona-se por Marguerite Gautier, nada mais nada menos que a mais cobiçada cortesã dos salões e teatros parisienses. Marguerite – vendida, corrompida, perdulária, amante de vários homens – corresponde ao amor do jovem, que provoca uma reviravolta na vida da jovem prostituta. Mas o futuro dos dois amantes enfrenta os mais rígidos obstáculos.
Escrito pelo francês Alexandre Dumas filho a partir da sua experiência autobiográfica com a cortesã Marie Duplessis, A dama das camélias é uma das mais célebres narrativas longas do século XIX – o próprio século de ouro do romance europeu.

No livro, lançado em 1848 com enorme sucesso, assim como em toda a sua obra, Alexandre Dumas filho – filho bastardo do autor de O conde de Monte Cristo, Os três mosqueteiros – faz um ajuste de contas com a sociedade que o humilhara. A dama das camélias foi adaptado para cinema e teatro inúmeras vezes, entre as quais na ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi.
A engenhosidade da estrutura, a limpidez e beleza do estilo, a honestidade no tratamento de uma das mais antigas facetas da sociedade humana – a prostituição – e a pungência com que desvenda as hipocrisias humanas fazem-na a obra-prima de Alexandre Dumas filho, que ainda hoje se lê de um fôlego só.
Alexandre Dumas filho nasceu em Paris, em 1824, filho ilegítimo do escritor Alexandre Dumas (autor de O colar de veludo, entre outros). Muito cedo Alexandre filho tornou-se observador da sociedade da época. Em 1842 conheceu a famosa cortesã, Marie Duplessis, de quem tornou-se amante e com quem rompeu em1845. Marie Duplessis faleceu em fevereiro de 1847, e sua morte afetou profundamente o escritor, que se isolou para escrever uma história baseada no seu romance com a cortesã, que atingiu um sucesso estrondoso. Em 1851, adaptou A dama das camélias para o teatro, e a peça foi acusada de imoralidade. Alexandre Dumas filho foi eleito para a Academia Francesa de Letras e sua fama rivalizou internacionalmente com a de seu pai. Morreu aos 65 anos, em 1895."



Uma belíssima história trágica de amor que me encantou profundamente e tive de ler duas vezes! Simplesmente adorei!
(27 de Agosto de 2007)

quarta-feira

Terceiro romance do cantor/compositor brasileiro Chico Buarque.
O protagonista é uma espécie de "homem duplicado". José Costa, escritor, após uma aterragem forçada em Budapeste apaixona-se pela língua húngara, o que o torna Zsose Costa. A partir daí a sua vida divide-se em duas: dois amores, duas cidades, duas línguas, duas culturas. Também o herói do seu romance mais aclamado, Kaspar Kraube, um executivo alemão que viaja para Guanabara aprendera a escrever português no corpo de Teresa (ecos de O Livro de Cabeceira, de Peter Greenaway) e continuou essa aprendizagem noutros corpos.
Na Hungria, Zsose Costa, publica um livro de poemas sob pseudónimo.
Quem é quem? O que é de quem? Somos um único, ou vários dentro do mesmo corpo?
Especulações de um romance de referências cruzadas.
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Esta foi a minha primeira leitura de um livro de Chico Buarque. Desconhecia por completo a sua obra literária (não da sua existência mas do conteúdo).
Não posso dizer que foi um livro que adorei, mas que simplesmente gostei.
O protagonista, José Costa, escreve obras, discursos, pequenos textos,... no completo anonimato (será?), para que outros possam dizer que tais palavras e textos são de sua safra. Ou será que o protagonista, ao escrever, veste de tal maneira as personagens que cria a tal ponto de se esquecer da sua verdadeira identidade? Fica para cada leitor descobrir.
"Um grande destaque à forma engenhosamente fracionada como Chico Buarque conta a história, do meio pro começo, fim, pro agora, etc." (pequeno excerto do blog pedrorafa.com)
Um pequeno livro que reserva ainda uma surpresa no final...
(22 de Agosto de 2007)

terça-feira

"Situada no período da Restauração que se seguiu à queda do Império Napoleónico, a acção dá-nos com impressionante realismo o ambiente de uma modesta pensão familiar- a casa Vauquer- e coloca-nos perante uma série de personagens entre as quais avultam Vaultrin, o forçado cínico que não olha a meios para conseguir os seus fins; Rastignac, o jovem estudante ambicioso que para singrar na vida e conquistar o seu lugar na alta sociedade a esta sacrifica, mais ou menos inconscientemente, muito do melhor de si próprio; Madame Vauquer, a hospedeira para quem a sua miserável pensão está acima de tudo, e finalmente Goriot, um pobre homemque levado pelo seu louco amor às filhas tudo lhes sacrifica até aos seus derradeiros momentos de vida, sem nada receber em troca, nem sequer a presença reconfortante daquelas por quem chama em vão na sua agonia.
Ridicularizado pelos comensais da pensão de Madame Vauquer, onde vive miserávelmente espoliado pelasa filhas casadas na alta sociedade, que dele se envergonham, o Tio Goriot não é apenas o símbolo de uma época, é um dramático exemplo de todos os tempos."
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É um livro muito interessante que retrata a miséria humana e quais as suas causas.
Tenho que confessar que me ao ler este livro invadiu-me uma grande tristeza por ver tão claramente exposta a realidade de muitos idosos.
É de uma leitura muito fácil e acessível. Nada daqueles coloquialismos da época que tantas vezes encontramos nas obras ditas 'clássicas'.
Apesar de o fim ser aquele há muito anunciado na sinopse é um livro muito bonito e rico em situações e sentimentos.
(20 de Agosto de 2007)

domingo

"A vida sem amor parece não ter sentido. Todos precisamos de amar e ser amados. Mas se o amor nos traz momentos únicos de felicidade, também nos pode fazer sofrer. Um sofrimento que se instala no coração como um hóspede indesejado. A história de Teresa, Carolina e Filipa. Três mulheres com vidas totalmente diferentes e uma atitude em comum: a busca da felicidade. Fátima Lopes é um dos rostos mais conhecidos dos portugueses. Este é o seu primeiro livro."
"Amar depois de amar-te relata a história de Carolina, Filipa e Teresa que incessantemente procuram a felicidade. Neste seu primeiro livro a autora dá-nos a conhecer as histórias ficcionadas de pessoas reais com quem se foi cruzando ao longo da vida. Um livro que nos ajuda a perspectivar a vida no seu lado mais complexo e, simultaneamente, mais apaixonante: o amor."
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Devo dizer que estava um pouco renitente a ler este livro, mas gostei! Gostei bastante da primeira história, da Filipa, uma história de maus tratos físicos e psicológicos.
Gostei de ler a segunda (da Carolina) e já não gostei assim tanto de ler a terceira e última história (da Teresa). Achei-a pouco verosímil e um pouco fantasista, ao contrário da primeira.
No global devo dizer que foi uma leitura bastante agradável, ao contrário do que pensava inicialmente. Três agradáveis histórias de percalços amorosos em que a principal lição que retirei desta leitura foi: consigo AMAR-TE com o mais profundo do meu ser, mas só depois de ME AMAR!
(20 de Julho de 2007)

sexta-feira

"A história de uma grande paixão em tempo de guerra.
Quem sabe se a vida do capitão Afonso Brandão teria sido totalmente diferente se, naquela noite fria e húmida de 1917, não se tivesse apaixonado por uma bela francesa de olhos verdes e palavras meigas. O oficial do exército português estava nas trincheiras da Flandres, em plena carnificina da Primeira Guerra Mundial, quando viu o seu amor testado pela mais dura das provas.
Em segredo, o Alto Comando alemão preparava um ataque decisivo, uma ofensiva tão devastadora que lhe permitiria vencer a guerra num só golpe, e tencionava quebrar a linha de defesa dos aliados num pequeno sector do vale do Lys. O sítio onde estavam os portugueses.
Tendo como pano de fundo o cenário trágico da participação de Portugal na Grande Guerra, A Filha do Capitão traz-nos a comovente história de uma paixão impossível e, num ritmo vivo e empolgante, assinala o regresso do grande romance às letras portuguesas.
O Capitão Afonso Brandão mudou a sua vida quase sem o saber, numa fria noite de boleto, ao prender o olhar numa bela francesa de olhos verdes e voz de mel. O oficial comandava uma companhia da Brigada do Minho e estava havia apenas dois meses nas trincheiras da Flandres quando, durante o período de descanso, decidiu ir pernoitar a um castelo perto de Armentières. Conheceu aí uma deslumbrante baronesa e entre eles nasceu uma atracção irresistível.
Mas o seu amor iria enfrentar um duro teste. O Alto Comando alemão, reunido em segredo em Mons, decidiu que chegara a hora de lançar a grande ofensiva para derrotar os aliados e ganhar a guerra, e escolheu o vale do Lys como palco do ataque final. À sua espera, ignorando o terrível cataclismo prestes a desabar sobre si, estava o Corpo Expedicionário Português.
Decorrendo durante a odisseia trágica da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, A Filha do Capitão conta-nos a inesquecível aventura de um punhado de soldados nas trincheiras da Flandres e traz-nos uma paixão impossível entre um oficial português e uma bonita francesa. Mais do que uma simples história de amor, esta é uma comovente narrativa sobre a amizade, mas também sobre a vida e sobre a morte, sobre Deus e a condição humana, a arte e a ciência, o acaso e o destino.
Com esta obra inesquecível, o grande romance está de volta às letras portuguesas."

In www.gradiva.pt

É a história de um português no início do século XX, com todos os percalços e desenganos da vida de um jovem daquela época. Até ao momento em que, através da lábia e mentiras de uma dita 'senhora', Afonso (a personagem principal) dá-se consigo no palco trágico da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial. É a partir daí que surge "(...) a comovente história de uma paixão impossível entre um oficial português e uma baronesa francesa."

Gostei bastante de ler este livro, apesar de haver certos momentos em que tive de 'me empurrar' a ler a história toda e sem avançar nada. É uma ´história bela, bem contextualizada embora o autor, por vezes, comece a falar de outros assuntos (Freud, psicanálise, Pasteur,...) e se 'perca' da história que está a contar.

(23/03/2007)

sábado

"Em Vinho Mágico a história é-nos contada por uma garrafa de Fleurie 1962, um vinho vivo e tagarela, alegre e um pouco impertinente, com um acentuado sabor a amoras.

Jay Mackintosh, em tempos um escritor de sucesso, encontra-se em crise, leva uma vida sem sentido e entrega-se à bebida. Até ao dia em que abandona Londres e se instala em França, na aldeia de Lansquenet (a mesma aldeia que serviu de cenário a Chocolate, o primeiro romance de Joanne Harris). A partir daí a sua vida vai modificar-se, nomeadamente por acção da solitária Marise (que esconde um terrível segredo por detrás das persianas fechadas) e das recordações de Joe, um velho muito especial que conheceu na infância e que lhe ofereceu precisamente essa garrafa de propriedades invulgares e misteriosas... "

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No início sentia-me um pouco 'perdida' na leitura, sem saber para onde a autora me levava ou em que direcção o romance se dirigia. Isto porque, nos primeiros capítulos, este livro revela-se uma viagem inconstante e irregular entre o passado eo presente, entre Londres e Pog Hill, depois entre Lansquenet e Pog Hill.
Mas ao percorrer as páginas o interesse foi despertando devido aos muitos mistérios que várias personagens traziam consigo- O velho Joe (Porque desaparecera? Para onde tinha ido tão subitamente e porquê?); Jay (O que acontecera afinal de tão fatídico naquele último Verão em Nether Edge?); Mireille (Contaria a verdade sobre o que realmente aconteceu ou teria mais a esconder e distorcer do que o que revelava?) e por fim Marise (O que esconderia ela de tão grave a fim de se torna uma reclusa na sua própria quinta e se recusar a falar com qualquer pessoa da aldeia?).

Uma leitura que valeu a pena insistir e da qual só tenho a dizer bem!
(9 de Março de 2007)

quinta-feira


Num dia de Junho, uma rapariga sai de um autocarro, cujo destino era Chicago, a meio da viagem. Vestida com um simples vestido de verão ela não tem nenhumas intenções em ficar aqui (uma pequena cidade chamada Omaha), está apenas de passagem. No entanto, a sua paragem aqui tem uma razão e faz parte de uma história que ninguém irá esquecer.
Estamos nos anos 50, quando a vida era simples, as pessoas ainda acreditam em sonhos e a família era tudo. Mas nesta pequena cidade a tragédia abate-se sobre uma família que parecia perfeita. A filha mais nova do casal morre, o casal começa a afastar-se e o filho mais velho começa a desinteressar-se de tudo e a permanecer o mais afastado de casa possível. Mas a chegada de uma jovem rapariga chamada Maribeth, irá alterar a vida desta família destroçada.
Maribeth irá encontrar o verdadeiro amor, sem traições nem mágoas, mas cheio de esperança e sonhos. E através deste amor tão puro ela irá mudar para sempre a vida desse casal, dando-lhes a maior dádiva que alguém poderá alguma vez dar.
"A dádiva" é o 33º livro de Danielle Steel.
(17 de Janeiro de 2007)