domingo


Referido pelo The Times como «um dos melhores livros de 2003» "O Estranho Caso do Cão Morto" é muito divertido.
Conta a história de Christopher Boone, um miúdo autista, com apenas 15 anos que vive enredado no seu próprio mundo, longe de tudo e de todos. Possui uma memória fotográfica e é um aluno excelente a matemática e a ciências mas detesta o amarelo e o castanho e não suporta que alguém lhe toque.
Absorvido pela sua doença, Christopher desperta um dia quando encontra o cão da sua vizinha morto, no meio do jardim, com uma forquilha atravessada. A partir daqui nunca mais será o mesmo pois só descansará quando descobrir quem cometeu tão atroz crime.
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Uma leitura leve, divertida, numa escrita acessível e sem grandes trocadilhos (não fosse o narrador quem é).
Trata-se de um jovem de 15 anos, Christopher Boone, com sérias dificuldades em perceber as restantes pessoas e o funcionamento do mundo que o rodeia, apesar de ser brilhante a Matemática e a Física. Este jovem possui o Síndrome de Asperger (Facto que se perdeu na tradução para o português. Um aspecto bastante negativo para a edição portuguesa!), uma forma de autismo.
Tudo começa com a descoberta do cão morto da Sra Shears e com a decisão de Christopher de descobrir quem foi o autor deste assassinato. O que Christopher descobre não é somente o assassino mas também factos que irão afectar-lhe, de forma irremediável, a sua vida.
(22 de Abril de 2007)

quarta-feira


Quando um famoso cientista do CERN é encontrado brutalmente assassinado, o professor de simbologia Robert LAngdon é chamado para identifcar o estranho símbolo garvado no peito do cientista. A sua conclusão é avassaladora: a marca é de uma antiga Irmandade chamada Illuminatti, supostamente extinta há séculos e inimiga da Igreja Católica.
Em Roma, o Colégio dos Cardeais está reunido para eleger um novo Papa quando se aperceb de que foram raptados quatro cardeais; ao mesmo tempo a Guarda Suíça é informada de que uma perigosa arma está na Cidade do vaticano com o propósito de a destruir. Robert Langdon, ajudado por Victoria Vetra, cientista do CERN, procura desesparadamente a antimatéria no meio das intricadas pistas deixadas pelos Illuminatti, lutando contra o tempo para salvar o vaticano.


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Tenho que admitir que após as primeiras páginas comecei a esmorecer na leitura deste livro por me lembrar tanto do 'Código Da Vinci'. Mas face à vertiginosa velocidade de acontecimentos descritos não consegui largar mais as páginas que lia!
Deste livro tenho que evidenciar 3 aspectos muito positivos:
1- A excelente integração de História (Monumentos, personalidades, factos, ...) neste livro de pura acção.
2- A maravilhosa ironia do autor que me fez sorrir no meio daquela tensão e suspense (o relógio do rato Mickey no pulso de um professor de Harvard; a relação 'tumultuosa' entre Olivetti e Vittoria Vetra...).
3- A reviravolta do final que, para mim, foi completamente inesperada (embora tenha achado alguns pormenores um pouco melodramáticos demais).
(18 de Abril de 2007)

terça-feira

Prémio Nobel da literatura em 1907, Rudyard Kipling é conhecido sobretudo pelas suas histórias da Índia, onde nasceu e viveu muitos anos. 'O livro da Selva' e 'Kim' são as suas obras mais famosas, adaptadas várias vezes ao cinema, inclusive em desenhos animados por Walt Disney.
Trata-se de uma história trágica de dois amigos que se unem para que um se torne rei.
(9 de Abril de 2007)
Livro com uma série de contos deste escritor argentino. Contém os seguintes contos:
- A Auto-Estrada do Sul
- A Saúde dos Enfermos
- A Ilha do Meio-Dia
- Todos os fogos o fogo
- O Outro Céu
" Julio Cortázar é o mais europeu dos escritores argentinos. Nascido em Bruxelas em 1914, a sua obra é uma permanente busca e autocrítica. O tema do labirinto e o tom experimental da sua linguagem fazem dele um dos mais importantes autores do século XX.As novelas de Cortázar tornam o leitor inevitavelmente seu cúmplice, ao identificar-se tão profundamente com o desconcerto com que terminam. Como é o caso das histórias deste volume, cuja riqueza de pormenores cria um crescendo quase insuportável"
Manuel de Seabra

(6 de Abril de 2007)

"Numa época nimbada ainda do espírito vitoriano, o poeta, romancista e pintor D.H. Lawrence representa a rebeldia contra a moralidade puritana, o que o levou a uma espécie de metafísica do sexo, que muito escandalizou os seus contemporâneos.
Esta novela contém muitos dos ingredientes característicos da obra de D.H. Lawrence. 'A Princesa' é uma mulher tipicamente lawrenciana, complexa, vitalista e rebelde, dominada por um erotismo inconsciente que tenta em vão dominar. Um livro que poderá sacudir profundamente o leitor."
Manuel Seabra
Muito palavreado exuberante para dizer apenas que se trata de um história sobre uma mulher que se irá sentir atraída por um homem que ela considera 'inferior' a si e que a suposta fragilidade que ela aparenta é apenas uma 'arma' a seu favor.
(5 de Abril de 2007)

Livro que contém as seguintes histórias:
- Ligeia
- A queda da Casa de Usher
- A máscara da Morte Vermelha
- O poço e o pêndulo
- O coração revelador
- O gato negro
- O barril de «amontillado»
(4 de Abril de 2007)

Vítima de uma suposta denúncia falaciosa de uma mulher repudiada na noite de núpcias, o jovem Santiago Nasar foi condenado à morte pelos irmãos da sua hipotética amante, como forma de vingar publicamente a sua honra ultrajada e sob o olhar cúmplice ou impotente da população expectante de uma aldeia colombiana: é esta a história verídica que serve de base a este romance, e que, logo nas suas primeiras linhas, é enunciada.
Mas afinal onde se encontra a verdade nesta muito anunciada tragédia?

Retirado do livro:
"Os irmãos Vicario entraram às 4.10. A essa hora só se vendiam petiscos, mas Clotilde Armenta vendeu-lhes uma garrafa de aguardente de cana, não só pela estima que tinha por eles, mas também porque estava agradecidíssima pelo bocado de bolo que lhe tinham mandado. Beberam a garrafa inteira em duas grandes goladas, mas continuaram como se nada fosse. «Estavam pasmos», disse-me Clotilde Armenta, «e já não iam lá nem com uma medida de petróleo pelos gorgomilos.» Despiram então os casacos, dependuraram-nos com todo o cuidado nas costas das cadeiras, e pediram outra garrafa. Tinham a camisa suja de suor seco e uma barba de dois dias que lhes dava um ar montês. A segunda garrafa beberam-na mais devagar, sentados, olhando com insistência para a casa de Plácida Linero, no passeio oposto, com as janelas sem luz. A maior varanda era a do quarto de Santiago Nasar. Pedro Vicario perguntou a Clotilde Armenta se tinha visto luz nessa janela, e ela disse que não, mas pareceu-lhe uma curiosidade estranha. - Sucedeu-lhe alguma coisa? – perguntou. - Nada – respondeu Pedro Vicario. – Nós é que andamos à procura dele para matá-lo."

(1 de Abril de 2007)